terça-feira, 5 de maio de 2020

O Elo Perdeu-se...






Este Blog é  uma Novela de Zazá Lula, esse é o primeiro Post. Os demais devem ser lidos do Fim para o Começo.

Boa Leitura...



O Elo Perdido perdeu-se na tarde em que distraídos todos os deuses celebravam.

O Elo soltou-se tão sutil, sem alardes, nem vendavais, nem tempestades o viram se despregar

Rolou céu abaixo e caiu na terra, ninguém sabe o lugar por onde rolou.

Quando os deuses acordaram ressaqueados e retomaram seu puxar da corrente do destino, parte dela soltou-se e só então constataram que faltava um pedaço, daquilo que tornava completa a história do tempo e das existências.

Reuniram-se incessantemente para recontar os pedaços e poder forjar o exato elo que faltava para que tudo fosse completo novamente.

Infrutíferas foram às tentativas de reconstituir a perfeição do que fora perdido, por que faltava algo que ninguém sabia ou lembrava o que era, e só o elo que rolou pro mundo tornaria possível a reconstituição daquilo que ele era parte.

Os Deuses haviam perdido a explicação do sentido da vida e não mais dominavam a totalidade da lógica que tornava tudo aquilo possível.

Desesperados com a idéia de nunca mais conseguirem explicar o que estava acontecendo reuniram-se, era preciso enviar a terra a busca pelo elo com o risco de nunca mais saber-se a verdade.

Zeus que sempre era o primeiro a sugerir uma solução chamou Mnemosine e lhe convidou para trabalharem juntos na empreitada de lembrar como era o Elo Perdido, que completaria a corrente do destino.

Embriagaram-se de vinho noites a fio, e encantaram-se com ervas trazidas de vários lugares e por vários deuses e quando a própria Mnemosine já nem lembrava o que faziam ali, deram-se conta que não tinham desvendado o mistério do Elo Perdido.

Quando Mnemosine pariu as trigêmeas Calíope, Érato e Polimnia , nasceu a idéia das musas, Zeus que sempre tinha soluções imediatas, imediatamente sugeriu:

- Enviaremos a terra nossas filhas para buscarem o Elo Perdido. Chamaram as meninas e contaram pra elas tudo que lembravam do ocorrido, com vários detalhes incríveis narrados pela sempre atenta Mnemosine.

As meninas que estavam sempre excitadas e dispostas rapidamente desceram sem nem ao menos saber como era o tal elo e como seria possível reconhecê-lo se o vissem.

E justamente isso, que se tem pra resolver.

Como as musas eram muito agitadas, disseram que não precisavam de nem mais um conselho, que certamente o elo reconheceriam.

Antes que desçam lhes daremos vossos dons é através deles que vocês reconhecerão. Aquilo que esta perdido e ninguém faz idéia de onde está.

Na ultima conversa de Mnemosine e Zeus eles desconfiaram que os homens pudessem o estar escondendo, então precisariam retirar destes suas verdades mais íntimas, chamaram assim Érato e lhe deram o dom da Poesia Romântica, era o primeiro dom, com ele ela arrancaria dos seres humanos aquilo que lhes fosse mais arroubado, o mais rápido e profundo.

Quando chamaram Calíope e lhe contaram o dom da irmã ela disse, mas o imediato não se lembra do que já foi perdemos assim o passado e o que deu origem aos fatos, reflexivos os pais lhes deram o a Poesia Épica originária de lembranças e fatos já pouco lembrados, a mãe lhe ofereceu uma dose extra do próprio dom, que dizem deixou Mnemosine ainda mais desmemoriada.

Ao seu turno Polimnia disse que as palavras eram muitas e que era sempre preciso muito tempo para achar as palavras certas e disse que queria saber sempre o sentido das palavras para não perderem-se as traduções que tornariam qualquer língua possível de ser desvendada, Zeus achou tão inteligente aquele terceiro dom que ofereceu á filha todos os louvores e assim ficaria ela com todos os Hinos entoados para o divino ou o belo.

Após descidas a terra houve grave desentendimento entre Zeus e Mnemosine ocasionada por vinhos, fumos e especiarias, decidiram então que procurariam outros dons e continuariam a busca.

Mnemosine foi logo falar com Apolo que sabia ser sempre muito inteligente e menos precipitado que Zeus, este se encontrava muito ocupado com uns novos movimentos que tinha descoberto e mostrou todas as novas modalidades que seu corpo era capaz, ensinou tantos movimentos a Mnemosine que em algum tempo nasceram Tália e Mepomene.

Zeus que andava um pouco ocupado tentando resolver os problemas causados pelo Elo Perdido ficou felicíssimo com o nascimento das meninas e mandou chamar às filhas, pra que essas lhes ajudassem a distribuir os dons as novas musas

Essas disseram que estavam na dúvida sempre do quão realista ou mítico era o que se dizia e que precisavam saber distinguir o grave do efêmero.

Zeus chamou Tália e lhe concedeu o dom de arrancar risos daquilo que pareça sem ser, que sejam caricaturas de uma verdade omitida, e assim ela ganhou a Comédia.

Para Mepomene Zeus deu um cantil de lágrimas por ela seriam possíveis reconhecer verdades profundas e assim se algum humano estivesse com o Elo Perdido em breve ele emergiria deu-lhe o dom da Tragédia.

Apolo ficou muito satisfeito com os dons concedidos por Zeus e assim criou os cinco anéis olímpicos que seriam dados as meninas para que elas barganhassem o Elo Perdido caso o encontrassem

Zeus foi ter com Gana para lhe dizer que o elo provavelmente estava na terra e que ele estava disposto a procurar em alguns lugares, mas Gaia tinha um tão lindo jardim e distraíram-se com tantas flores que deram origem a Terpsícore, chamadas novamente as irmãs, elas decidiram que a nova musa deveria balançar os humanos para que o Elo Perdido caísse de seus corpos caso nestes estivesse preso.

Como a sugestão partiu das gêmeas de Apolo e este estava sentido de ter perdido a forma dos anéis Olímpicos, durante uma briga com Mnemosine deu a Tercícope o vigor para movimentos prolongados que permitissem o elo soltar-se, Gaia concedeu-lhe o poder de traduzir tudo que estivesse na terra em gestos deram-lhe assim o dom da Dança, Zeus concedeu-lhe o direito de escolher o dom e o nome da próxima musa que nascesse.

Zeus achou melhor ir falar com Mnemosine por que esta provavelmente lembrava alguns detalhes que este desconhecia e perderam-se em tantos detalhes que logo, logo Tercícope foi chamada para conceder um dom e dar o nome da musa irmã. Esta disse que andava entediada com o silêncio dos movimentos e queria poder ouvir os movimentos dos homens e das coisas , assim nasceu Euterpe a musa da Música, as irmãs todas encantadas com o dom da caçula concederam-lhe todas um bocado de seus próprios dons.

Inesperadamente Calíope engravidou do próprio Apolo e dessa união nasceu Clio a quem Mnemosine, contou toda a História e concedeu-lhe o poder de ser a guardiã dos seus conhecimentos, sendo ela criada, nomeada e agraciada por Mnemosine e Zeus que lhe concedeu também a eloqüência e o dom da narrativa, para que ela contasse aos homens e aos Deuses a História na qual o elo da corrente do destino estava perdido.

A última musa foi Urânia filha de Gaia e Urano.

Gaia pediu a Mnemosine que a filha não soubesse sua origem e lhe adotasse com a última musa, feito isso em acordo com Zeus e Apolo, foi apresentada as outras irmãs, estas derreteram-se tanto por ela que lhe deram o zodíaco os doze signos para que ela marcasse todos os humanos e pusesse neles uma classificação de atributos para facilitar o trabalho das outras musas.

Urano lhe concedeu o poder de vigiar o céu em busca do Elo Perdido e o poder de conhecer o movimento das águas e dos astros. Zeus ainda lhe deu a Matemática pra que ela soubesse fazer cálculos perfeitos para saber se o elo encontrado era mesmo o Elo Perdido...



II



Para melhor acomodar as filhas, Zeus criou o Mouseion, uma linda casa onde colocou todo o conhecimento que os humanos tinham para que as filhas o adquirissem e assim ampliassem seus dons, ficou feito então o acordo Apolo as visitaria para acompanhar as buscas do Elo Perdido, tendo em vista que Zeus andava muito envolvido com conflitos entre divindades externas ao seu panteão, fazia pouco tempo que o Olimpo tinha tomado conhecimento de outros deuses de outros poderes em outros lugares, e já havia a proposta de uma entidade unificada , que mais tarde seria conhecida por DEUS.





Por essa época houve a suspeita de que alguns deles poderiam ter roubado o Elo Perdido durante a tarde em que ele sumiu, por esse e outros problemas divinos, Zeus entregou a Apolo a tarefa de acompanhar a busca feita pelas musas, que eram apenas algumas das responsáveis pelo de busca do Elo Perdido.





Para cuidar do grande espaço que era o Mouseion ele chamou Crato, que tinha um tic de bater uma mão na outra várias vezes proporcionalmente a felicidade de queria expressar, Zeus o chamou por que Crato havia sido um dos viajantes que descobriu outras divindades e outros panteões e tinha muitas informações importantes para as musas, alem de ter sido de grande ajuda no conflituoso caso de Prometeu e Pandora.



Crato educou as musas como todo o afinco, ensinou-lhes línguas e costumes, mitologias, histórias, totens, tabus, evitações, mistérios, coisas do céu, da terra e dos astros.



Cada vez que as meninas iam bem ele batia suas mãos umas nas outras e em pouco tempo todas elas tinham pego o costume, assim nasceram os aplausos., quanto mais intensos , mais bem feito tinha sido o trabalho, quando as Musas já estavam prontas pra irem buscar o Elo Perdido Crato morreu, enquanto ensinava Urânia a usar um artigo de caça que havia ganhado de uns deuses de pele vermelha com os quais tentou inutilmente travar negociações.



Quando Crato morreu em frente a Urânia que era a caçula, ela chamou pediu pra Urano e Zeus transformarem ele numa estrela, como Crato fora educado por Quíron eles o colocaram na constelação de Sagitário.





Foi por essa ocasião que Zeus resolveu distribuir os presentes para as Musas , a fim de que elas utilizassem estes como instrumentos para o seu trabalho.





Para ti Calíope que tens o dom da poesia épica , dou-te primeiro a tabuleta por que esta tem o poder de atravessar o tempo e guardar a história dos homens, e dou-te também o buril para que graves na madeira, com rapidez , tudo aquilo que te passar na frente dos olhos. Teu desafio será esperar o tempo do poema , deverás aguardar que a história se desfeche para que o poema possa nascer, guarda contigo tudo que puderes a fim de que mais detalhes tenhamos. Desça e busque o Elo Perdido.





Tu Érato, ganharás a lira para que despertes sentimentos adormecidos, teu desafio é buscares o desejo dos homens a beleza afetada, soarás tua bem pequena lira para os prezeres recônditos, faz com que falem o que desejam e o que possuem , para verificarmos se eles possuem ou sabem onde ou com quem está o Elo Perdido. Desça e busque-o.





Para ti Polimnia que buscarás o elo nos segredos que só se revelam as divindades te dou esta túnica, para que te ocultes e assim possas saber os segredos que só se revelam ao divino, um destes pode confessar possuir o elo , ou dar indícios de por onde ele esteja, ela também te esconderá de te saberem estrangeira e te estranharem o domínio das diversas línguas. Vá e desvende o segredo do elo.





Depois chamou as gêmeas Tália e Melpomêne e entregou-lhes duas máscaras a tragédia e a comédia.





Tu Tália por que deves sempre arrancar o que só se revela nos sorrisos levarás contigo o riso constante para que jamais pareças triste, teu desafio é descobrires no que finge seriedade a farsa . Melpomêne pra ti coletares as revelações prantosas deves ocultar teu riso, e permanecerás sempre grave. Teu desafio é desvendar o que causa a dor e o pranto, que constantemente são ocultados pela dor. Em alguma dessas verdades pode estar o Elo Perdido, procurem-no.





Tu Terpsícore, melhor que não carregues nada, para que possas te mover com mais facilidade, melhor que não carregues contigo coisas pesadas, neste momento Euterpe Levantou-se e entregou a irmã-madrinha um pequeno plectro, lembrando da vontade desta de ouvir o som das coisas, fica com ele, podes carregá-lo sem que ele te atrapalhe, Zeus enternecido, retirou as cordas da própria sandália e entregou-as a musa dizendo, onde esticares estas cordas ouvirás o som das coisas e arrancaráss das pessoas movimentos lentos ou bruscos que revelem se o Elo Perdido não está preso em seus corpos. Vá e descubra se o elo está preso ao corpo de alguém.
Quando viu isso Urânia que ainda não tinha doado nenhum dom a Euterpe, presenteou-a com as notas musicais, que ela havia feito com a matemática, para mostrar que tinha aprendido as notas Euterpe quebrou em vários pedaços o bastão de Urânia e fez a flauta com a qual viveria o desafio de descobrir nas linguagens dos sons , possíveis pistas para o paradeiro do Elo Perdido.

A ti Urânia para que possas calcular o tamanho do elo dou-te esta esfera e este compasso para medires o tamanho das coisas, seus movimentos, suas formas e repetições e a esfera te servirá da parâmetro por que muitas coisas se assemelham a forma do elo ela te lembrará sempre seu formato e te auxiliará nas medições. Desça e descubra como é o Elo Perdido.

E assim as musas iniciaram seu trabalho...

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Então você nos conhece?
Sei mais coisas do que imagina jovem musa, acabo de chegar da escola de Quiron e por lá as coisas não andam nada bem uma imensa confusão vem acontecendo no sentido de que alguns elementos encontrados na busca das musas nos levam a acreditar que não é porssivel afirmar que apenas um elo da corrente tenha se perdido e o que a verdade pode residir no fato de que mais de um dos elos foi perdido, Quiron foi transformado em luz, disseram os deuses que como um presente por seus serviços, mas nosso mestre esta infeliz, diz ele que não se sente bem na cosntelação, mas tem sido rpibido de voltar, por que suas avaliações sobre a busca do elo fragilizam ainda mais a situação dos deuses diante da impossibilidade de saber quanto da corrente do destino foi perdido. e mais se realmente será possivel resconstituí-la e por fim a afirmação final de que talvez a corrente do destino não tenha importância nenhuma. visto que as coisas continuam acontecendo sem que haja a interferencia dessa tal corrente.

Herato e Eros estavam de boca aberta, completamente plerpexos com as afirmações de Laico.

-Devo confessar que suas colocações me fazem pensar quanto tempo tenho andado afastada das buscas do elo.

-Ja sabe de Caos e Cronos?

-Não! disse a Musa assustada, que tem eles?
-Caos surgiu faz pouco tempo, estava escondido,  e tem feito grande confusão nas reuniões, principalmente depois que a Leminiscata foi apresentada como um possivel elo.
-Eu não sabia disso, disse Herato. Então Urânia avançou em seus estudos?
-Muito, depois de varias suposições sobre o formato acredita-se que outros elos foram perdidos. e que talvez seja impossivel saber por onde se espalharam e principalmente se serão entregues de bom grado, mas como eu dizia o mais grave é a idéia de que essa busca pode dar em nada e que sendo assim será preciso criar novas regras para gerir o destino.


Estou indo agora encontrar com Sapholyne, pois ela desenvolveu uma linguagem de sinais que permitirá que se comuniquem em todas as linguas, por que sua irmã está com dificuldade na consiliação dos idiomas e escreveu coisas que aparentemente apenas ela consegue compreeender e assim também sua própria linguagem tem se desenvolvido de forma que alguns jovens sagitários estão incumbidos de apenas conviverem com ela afim de serem capazes de compreender sua linguagem.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Laico

Aquilo começou a me deixar muito asngustiado, por que ela falava muito e era cada vez mais convincente, dizia que importante era que me amava e que assim precisava me ver , que precisavamos ser honestos em relação aos nossos afetos e muitas coisas e eu com a cabeça ainda preocupada com o que minha mãe ia dizer quando me encontrasse, além disso, eu não poderia deixar ela ir até o reino onde certamente quando ela chegasse minha mãe seria informada e tomaria ela mesma as providencia necessárias para acabar com minha Psiquê.

Enquanto Eros contava essa história ouviu-se um som muito bonito que vinha de algum lugar no templo, e do meio da penumbra surgiu um ser meio homem meio cavalo que se apresentou como Laico e disse que vinha da escola de Quiron, trazia na sua mão um pedaço furado de bambu, de onde tirava o seu som.

Boa Noite bela musa, boa noite divino Eros, atrapalho vocês?
Era bonito Eros e Herato ficaram tão encantados com ele e a musica que Herato disse que ele não atrapalhava nada, que Eros apenas contava uma história de uma moça curiosa e tagarela e que ele poderia ficar e tocar mais um pouco, o que Eros concordou mostrou-lhe sua lira e pediu que Laico lhe ensinasse a tirar o som do bambu, e foi num gesto dele que a musa ficou muito sismada, pois em seus dedos haviam pequenas marcas circulares que bem poderiam ser rastros do elo perdido...

segunda-feira, 22 de agosto de 2011








Eros e Herato andaram ainda bom tempo em silêncio e era possível acompanhar as lembranças de Eros  em expressões que variavam entre risinhos de canto de boca e aparente melancolia, chegaram num templo de baco e encontraram um único guardião que reconhecendo Eros lhe ofereceu o melhor vinho, sentaram em uma macia pele de algum animal muito grande e peludo e Eros continuou:

Assim entrei no quarto tudo estava muito escuro e Psique respirava pesado encostei a ponta de minha flecha nela e ela deu um  pequeno gemido, estava vendada e me pediu:

-Tire minha venda quero vê-lo.

- Mesmo que eu tire a venda você não me verá, e nem pode, sou uma terrível criatura e você me rejeitaria
tirei-lhe a venda e ela me tocou sem me ver.
- Como pode uma terrível criatura ter a pele tão macia- disse isso enquanto passava a mão pelo meu braço
- Texturas não dizem toda a verdade, também são macios alguns perigosos animais
- Você não me parece perigoso nem terrível
pus para fora minhas asas e ela deu um pequeno grito, se encolhendo .
-Assustada?
- Um pouco... As bacantes me explicaram o que faremos, mas disseram também que tem coisas que apenas você pode fazer...
encostei meus lábios no dela e senti um gosto de vinho que tentei beber, ela fez o mesmo e ficamos um longo tempo como se tentássemos alcançar a ultima gota de alguma coisa...ela mesma pegou minhas mãos e me mostrou os picos eriçados de duas montanhas macias que também me convidavam a beber algo que não estava lá... Psiquê e o vinho formavam uma deliciosa mistura, ela se distraiu com minhas asas e assim ficamos... Não sei se devia lhe contar tantos detalhes Herato.

Herato tomou um grande gole de vinho - Você tem prazer de contar e eu de ouvir, continue... aprecio detalhes.
Eros rio e continuou...
como ela toda tinha um gosto de flores e vinho me pus a bebe-la em toda a sua extensão, das montanhas macias  e fiquei muito triste por não poder ver sua expressão de avalanche quando tremi sua pequena colina e ela toda tremeu
-Sinto que falta algo
- o que você pensa que seja
- Não sei... mas eu latejo por dentro e algo aqui dentro disse pondo a mão perto de meus lábios, pede alguma coisa.
Coloquei sua mão em cima do que ela apenas imaginava e ela teve um sobressalto que a jogou para o outro lado.
- É isso que me falta?
- Talvez...você deseja isso
- Sim, dói?
- Um pouco certamente, mas você me parece tão escorregadia, que não acho que isso lhe causará tanto desconforto...
sentei-me e a coloquei sobre minha barriga, disse que ela fosse ao seu tempo se encaixando da melhor forma,  apertei ela contra o meu peito e ela desceu lentamente e pude me sentir todo dentro dela num único gemido seco, foi uma longa e delicosa noite, quando se anunciava um clarear deixei-a dormindo.
- Bom, disse Herato, esqueceu algum detalhe?
-Dessa noite basta, mas contei apenas o inicio... várias noites se passaram e eu a visitava e ela me perguntava coisas que eu não podia responder e eu lhe fazia imensos interrogatórios sobre sua própria história para distraí-la sobre sua a minha, ela me contou sobre os constantes problemas causados por sua beleza, as ameaças de minha mãe, o medo de seu pai e um com a voz chorosa me contou que sua irmã iria casar e que desejava ir ao casamento,  depois de um tempo seu humor mudou e ela começou a ficar muito triste e me evitar, por que queria ver meu rosto, por que queria estar com a familia, por tantos motivos que comecei a ficar confuso e propenso a deixa-la ir.
Fiz de tudo para distraí-la, baco mandava vinhos e bacantes, mandei plantar flores de Perséfone e lhe entregar gaiolas de uma enorme série de passáros para ela brincar e se distrair, mas com o tempo nada mais funcionava, queria me ver, queria ir ao casamento...

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Eros e Psiquê II




Quando cheguei no Olímpo minha mãe estava profundamente irritada, por que a criatura tinha lhe contado que alguma coisa roubara a princesa e assim ela estava perdida por ai em algum lugar e poderia reaparecer em qualquer tempo e recomeçar atrapalhá-la.




Resolvi que não contaria nada, por que ela já estava suficientemente irritada, descobiria o que fiz em pouco tempo e assim só me restava esperar e não adiantar esse momento, conversamos um pouco e fui procurar Baco, por que eu estava muito cansado e precisava muito de um descanso e um pouco de vinho antes de seguir, e me sentindo confuso com o rumo dos acontecimentos.



Encontrei baco muito animado com suas misturas, estava tão feliz e parecia tão fácil que resolvi lhe contar sobre os ocorridos e foi ele que me alertou sobre um pequeno machucado em minhs costas, só nesse momento descobri que realmente havia me ferido com uma de minhas flechas e só então me dei conta disso.



- Que farei Baco? perguntei - minha mãe furiosa, eu perdido desse desejo, ela a me esperar, simplesmente preciso possuí-la, mas devemos nos casar.



- Meu bom e jovem Eros, você ainda não tem problemas, siga meu conselho aproveite que ainda não desabou a fúria de sua mãe sobre sua cabeça e aproveite o efeito de seu próprio veneno, e se queres realmente evitar mais problemas, não deixe que ela descubra que foi descumprida a professia do oráculo e que você não é um monstro, por que pode se voltar também contra você.



- Que farei? ela está sozinha em um castelo abandonado me esperando para consumarmos o casamento.

- Diga-me onde ela está com precisão, mandarei um grupo de bacantes para lá, pra lhe prepararem para a sua chegada a noite.



- Baco sempre tão agradável, suspirou Herato.

- Ele me ajudou muito, enquanto tomamos umas de suas novas misturas, as bacantes foram levads ao castelo, deram demorado banho em psique, lhe advertiram sobre a consumação do casamento e lhe deram de beber o melhor vinho de Baco, que depois me contou que houveram muitos ensaios entre as bacantes para explicar a Psiquê como seriam as núpcias, depois de muito vinho fomos ao castelo escondidos vimos uma bacante dizer a Psiquê.



- Deite aqui para os preparativos finais. e com a mão lambuzada de óleo a bacante fez uma longa massagem enquanto explicava ,suas mãos servem pra percorrer e descobrir detalhes, as pontas dos dedos que são mais sensíveis, Os braços servem pra envolver o corpo durante o amor, deixe que sejam leves como asas, e macios como penas - Dizia a bacante enquanto ia passando óleo no corpo de Psiquê.



Herato ouvia atentamente e começou a dedilhar suavemente sua lira.



- Continue Eros é realmente uma boa história, queria muito uma grande caneca de vinho...

- Vamos até algum lugar e podemos tomar algumas canecas.

- Primeiro conte-me o resto dessa primeira noite enquanto toco minha lira.



- A bacante continuou... o pescoço é a base da cabeça, é todo de sensações, seja com a ponta dos dedos, com o queixo ou a boca, á poucas coisas resiste o pescoço e a todo corpo faz vibrar... depois lhe derramou vinho na boca até que escorresse pelo corpo e foi lhe explicando o caminho do vinho e do prazer com os dedos e a lingua. entre suspiros Psique disse a frase que eu esperava ouvir, -Quero que ele venha logo! - Olhei pra Baco que com um movimento de mãos, fez com que as bacantes desfizessem os ensaios, terminassem de arrumar psiquê e a levassem vendada para o quarto onde nos encontramos.

- Vamos tomar vinho disse a musa, precisarei de umas canecas para ouvir mais dessa sua muito interessante história.


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Eros e Psiquê I

Você sabe Herato como a minha mãe é, sempre e sempre desejando ser mais cultuada e adorada como a mais bela, vive a me perguntar sobre sua beleza e assim faz com todos, acontece que no tempo em que estávamos ainda pelos castelos, Afrodite ficou sabendo que uma princesa muito bela estava sendo a responsável por um grande tumulto causado por sua beleza, seus templos se esvaziando, o burburinho aumentando, ela me chamou, pediu minha ajuda, disse que a moça chamava-se Psique, e que não podia mais tolerar aquilo, as duvidas crescentes de por que se cultuar uma deusa da beleza que é menos bela que uma mortal.



O primeiro passo de Afrodite foi fazer com que a princesa usasse um espelho que fez com que os homens não lhe desejassem como esposa, apenas como coisa para ser vista, condenando a princesa a solidão, para que entristecida definhasse e sua beleza fosse comprometida, ou mesmo sua vida, mas esse plano não funcionou por que o coração da princesa era vazio e muito lhe animava a companhia das irmãs, então minha mãe em pouco tempo arrumou pretendentes para as duas irmãs para que casassem e fossem viver em reinos bem distantes.



- Já sei agora a quem se deve sua afeição por problemas- disse a musa caminhando, Eros estou muito cansada será que não podemos voar?



-Uma de minhas asas ainda está se recuperando de um acidente- explicou Eros passando a mão nas costas.



- O que aconteceu? Perguntou Herato preocupada

- É parte da história, vamos nos sentar um pouco e continuarei lhe contando.

- Prefiro seguir- suspirou a musa- Quero muito encontrar-me com Sapholyne e ouvir novamente o doce som de sua lira sendo tocada, continuemos o caminho e a conversa...então as irmãs casaram... e ela começou a definhar...





A princesa ficou triste, mas começou a cuidar do castelo e de seu pai e aos poucos retomou o vigor e foi ficando ainda mais bela, seu pai mesmo satisfeito com o vigor e a beleza da filha, estava preocupada em casá-la, foi orientado a procurar o oráculo de Mileto , sua cidade, Não sabendo que minha mãe já tinha estado lá e orientado o oráculo a condenar a bela princesa a ser aprisionada num penhasco e casar-se com uma criatura desconhecida que iria buscá-la.



Quando cheguei no Olimpo minha mãe já estava meno0s nervosa, acreditava que com isso teria resolvido todo o problema do esvaziamento de seus templos promovido pela beleza de Psiquê que além de bela também vinha tornando-se conhecida por sua sabedoria e já se dizia que seria uma grande Rainha. Minha mãe contou-me tudo que tinha se passado e fui até o penhasco com o único objetivo de acompanhar a penitencia da moça, e também para poder ver a sua lendária beleza.



Sobrevoei o penhasco e a vi vendada e soluçante sendo abandonada por sua corte completamente desolada, chorava o pai, as irmãs e todos os que com ela viviam, quando partiram me aproximei e foi como se tivesse sido flechado por uma de minhas prórpias flechas, tornei-me imediatamente cativo de sua beleza e desobedecendo minha própria mãe a retirei do penhasco um pouco antes que fosse levada pela criatura terrível que viria cumprir seu castigo.

Ao sentir-se voando me perguntou:  -És aquele á quem foi entregue meu destino?
E quando ela disse isso soou como uma descrição tão perfeita de como eu me sentia que tive vontade de lhe responder:
- Sou aquele á quem roubaste o próprio destino, mas me calei e ainda sem saber o que faria com ela, vooei para um castelo abandonado e lá a deixei sozinha para que eu pensasse o que faria.
- Vais me deixasr aqui? - Disse ela vendada ainda sem me ver o rosto.
- Voltarei á noite para  nosso casamento, foi a unica coisa que eu disse e aquela idéia se apossou de mim de tal maneira que de lá parti direto para enfretar a fúria de minha mãe com o coração e a mente completamente tomados pela idéia de possuir aquela mulher.

- Não lhe reconheço Eros.
- Nem eu querida musa, não me reconheço desde o dia que a encontrei até agora minha vida tem sido um crescente desconhecer-me...


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Procurando Sapholyne.




Era tanta a confusão que tinha se armado que Zeus convidou Hades para irem ao Olimpo resolverem algumas questões, chamou Herato disse que Herato poderia seguir com Sapholyne para aprender mais sobre liras e que assim que tivessem novas noticias sobre as buscas entrava em contato.

Herato ficou muito satisfeita com aquele tempo para tocar e passear, despediu-se de todos e seguiu, não sabia bem como iria encontrar a cidade de Sapholine e foi tomada de profunda solidão, enquanto caminhava, sentou-se numa pedra, estava cansada de não encontrar o elo, estava preocupada com a ameaça ao Olimpo, era tão rpofunda sua tristeza que começou a tocar e de dentro dela veio uma canção:

Por longes terras caminhei
e em lugar nenhum encontrei
o que estou a procurar

onde andará
o elo divino
que traz de volta o destino
onde haverei de encontrar

Vi reinos e rainhas
subi montes e colinas
andei por onde devia
desejei o que não tenho
encontrei o que querer

agora cá estou desolada
nesta vasta terra abandonada
sem saber pra onde ir

Você é muito ruim com isso de fazer poemas!
-Eros? Você continua me seguindo? Nossa como você está diferente.
Eros estava grande e falava com uma voz muito grossa.

-Você está enganada, não estou te seguindo, estou apenas por aqui pra esquecer uma amargura recente promovida por minha mãe, que envolve uma linda moça por quem todo meu ser tem vibrado, mas não posso tê-la e não sabendo mais o que fazer estou andando por ai, ouvi sua lira e sua voz, não pude deixar de vir falar com você, já soube do problema com os outros Deuses a coisa toda tem crescido, já existem disputas dentro do próprio Olimpo- disse Eros com um olhar muito perdido

Nem me fale, também não estou nada bem, preciso encontrar Sapholyne, preciso ouvir sua lira novamente, mas nem sei por onde devo seguir... Erato dizia isso caminhando entorno de Eros olhando para as próprias sandalias como se essas pudessem leva-la por um caminho que ela desconhecia.

Sei onde encontra-la, sua amiga é bem conhecida por ensinar outras moças em sua cidade,  lhe explico o caminho, se quiseres eu poderia ir tbm por que não devo voltar pra casa por agora.

- Não quero mesmo seguir sozinha, me acompanhe até lá e vá me contanto no caminho o que deixou você assim tão triste e o que mais você sabe sobre a querida Sapholyne e como vou encontra-la para por fim a minha solidão.

Eros abraçou a musa e eles seguiram silenciosos por um bom trecho do caminho.

- O que aconteceu Eros?

quarta-feira, 9 de março de 2011

Quando Zeus, Herato e Polimia chegaram, a reunião tinha acabado, vinham saindo Hades, Crato e Perséfone muito tensos, Zeus queria saber o que tinha acontecido Hades lhe disse que as coisas não andavam muito bem e que precisavam intensificar a busca pelo elo perdido porque todo o poderio estava em risco.

Hades contou que devido a imensa tensão que tinha se instaurado quando todos os outros deuses se reuniram era tão grande que foi preciso estabelecer imediatamente  uma reunião.

- Você já ouviu falar de Jesus? Perguntou Hades.
- Certamente, é o dos anjos né? tem um outro também Lúcifer, andam por ai a tratar com muitos deuses, ainda não tive tempo de recebe-los mas sei que são perigosos.
- Perigosissimos, já deviamos te-los recebido. Brigaram, não querem mais os mesmos terrritórios. vieram com duas imensas  legiões de anjos e muito obedientes, falavam em unificação de reinos, querem criar um conselho, algo como o Olimpo só que nós só teremos algumas representações, tem outros muito poderosos, um bonachão careca que também parece querer a mesma coisa e uns deuses com muitos braços e cabeças que me deram esses pequenos pedaços de papéis aqui e dissera que com eles poderei compreender melhor o que querem dizer.

- O que você acha que vai acontecer Hades?
- Ou encontramos o Elo ou ... precisaremos entregar nossos domínios Zeus.
- Uma Guerra?
- Já se iniciaram, estamos tentando resolve-las com essas reuniões, Jesus pretende descer.
-Mas isso já fazemos.
- Não entendi o que ele quis dizer, mas acho que é por um longo período.
- Ele é capaz de passar muito tempo?
- Tal como nossas musas.
- Ele vai procurar o elo?
- Ele disse que sabe onde está.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Polimnia e Herato




- O mundo Herato, é um conjunto de coisas, mais tarde quando você estudar a matemática, você verá que as coisas são sempre mais ou menos relacionadas, e como a matemática aproxima o efêmero do imortal e como a grandiosidade é proporcional a sua proximidade com o divino,  o que mantém nossa força é a força do povo de acreditar em nós, o que nos faz capazes dos nossos poderes é a força das oferendas, a manutenção dos templos, a disposição das cidades á nossa vontade, toda a vacilação de um povo é uma fraqueza para nós, faz tempo que descobrimos que não tínhamos conhecimento do crescimento do mundo, quando tentamos nos apropriar de suas cidades e de seus favores e débitos descobrimos que tinham outros deuses.

Que lhes atribuíam oferendas, lhes ofereciam as cidades, lhes davam de comer e de beber e dançavam e cantavam para esses deuses que não conhecíamos, havia no começo um entendimento de sermos maiores, mas oferendas cresceram, começamos a nos encontrar pelo espaço  e disputar a disposição das coisas e das forças, as oferendas cresceram, a força deles também e a necessidade de fazerem cada fez feitos maiores por seus povos,  muitas convenções foram feitas por que muitos mundos foram destruídos por crises de sobre posição dos astros ou elementos a serem utilizados nas alquimias dos feitos mágicos.

Fala-se em enviar registros escritos para a terra, e num passo maior em criar uma grande rede de contato, ainda são apenas planos, estamos em constantes conflitos e talvez tenhamos que iniciar uma efetiva divisão, além de entrarmos em acordo sobre o que está se chamando de naturezas, a maior crise tem residido no que haverá de ser a natureza humana...As coisas tem se agravado depois do sumiço do elo por que agora os outros deuses sabem que realmente não temos o controle do que acontecerá com os homens tem feito novas promessas e assim as oferendas tem diminuído e nossos poderes também. 

- De onde surgiram os outros deuses? - perguntou curiosissima Herato.
- Tudo sempre existiu, e sempre esteve ai, o tempo não é senhor dos deuses, ele é tão somente um deus, assim não se caucula o inicio de tudo, nem seu fim deuses surgem de contingências cósmicas, coisas que se encontram pensamentos que se materializam, evocações, conjurações, magias, são muitas coisas, e é assunto de deuses você não compreenderia. 

- Por que você me chamou e não á polimnia vamos conseguir compreender o que falam esses deuses? 

- Quando Herato acabou de dizer isso a musa surgiu muito assustada do lado dela.
-Casus Belli, o que hago, neste locos?
-Sua irmã lembrou bem que você será importante.

as irmãs se abraçaram de muita saudade e Polimnia afirmou:
-Ecce la musa!

Herato ria muito com a lingua que Polimnia usava, ela mesma inventava palavras e misturava idiomas e era sempre um bom exercicio conversar com a irmã.

- Hic et nunc, pra onde vamos?- as devidas explicações foram dadas e Polimnia disse:
-Libido dominandi, nec plus utra!

Zeus deu uma grande gargalhada e julgou boa a decisão de Herato assim lhe respondendo.
- Será bom que sua irmã esteja conosco, mas será muito bom que você conheça esses tipos distintos de afetos que o poder causa, diferentes amores, diferentes paixões. sigamos mais rápido, quanto antes, mais calma teremos!



sábado, 15 de janeiro de 2011

Erato e Zeus.







Quando Erato estava indo procurar Sapholine, ela encontrou com o próprio Zeus no meio do caminho.

-O que o senhor está fazendo aqui?
- achei que voce teria tempo de ir ver Hades antes de irmos na empreitada que teremos agora, mas temos que ir, Ades também não estará em seus dominios, temos que ir para uma reunião o elo perdido não foi encontrado e precisamos arranjar as coisas, não sei se você soube mas depois de muito tempo que nós do Olimpo dominamos a terra, no entanto depois da perda do elo e de algumas distrações de nossa parte, outros deuses surgiram e tem diminuido muito o nosso poder, temos feitas sucessivas reuniões e estavamos propondo que eles se incorporassem aos nossos dominios, mas eles se recusam dizem que tem seus próprios costumes e povos, estavémos vivendo em negociações, mas um semi-deus que traz o titulo de anjo tentou invadir os dominios de Hades, soubemos de algumas tramas familiares pouco esclarcidas, iremos agora nos encontrar com alguns outros deuses para discutir as soluções e divisões territoriais, Hades e Urânia  nos esperam, vamos  temos muito trabalho pela frente, alem do mais é cada vez mais urgente que encontremos o elo perdido para por fim a série de confusões que já existem e estão se armando, tenho tido graves desentendimentos com Hades e não sei  até quando conseguiremos conciliar nossas divergências, não bastasse o fato de que surgiram como que por surpresa uns deuses absolutamente agressivos que se autodenominam bárbaros, mantenha-se vigilante não sabemos o que pode decorrer desse encontro, mas levarei você e sua irmã por que acredito que podem colher indicios do sumiço do elo por lá, vamos correr , não podemos perder tempo.

Erato ficou muito assustada e um pouco triste no começo por que ela queria umas férias e queria também ter mais aulas com Sapholyne, mas isso passou rápido e ela sentiu uma sensação muito boa dentro dela mesma uma mistura de vontade, medo e pressa que era tão forte que não argumentou seguiu com Zeus para um distante lugar.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

As princesas de Erato V.








Erato disse para a princesa Branca que voltaria para o castelo antes dela pois havia já algum tempo que tinha se ausentado e não sabia como as coisas poderiam estar por lá,  a princesa disse que muito bem, pois precisaria organizar as coisas antes de ir e que ela não se preocupasse pois chegaria lá antes do inicio do concurso que ocorreria no dia seguinte.
Assim despediram-se e Erato ainda procurou um pouco o elo perdido pela floresta mas queria chegar logo ao castelo.
Quando chegou ao castelo estava uma grande confusão,  com os preparativos para o concurso, a musa chegou e foi  logo procurar o espelho para falar com ele, quando estava se dirigindo para a sala dos espelhos encontrou-se com o chefe da guarda no caminho.
- Por onde você andou?- perguntou agressivo- estão todos por aqui procurando por você e seu assistente. Disse lhe segurando pelo braço.
-Estava procurando a princesa Branca! e não me segure por favor- disse a musa se soltando energicamente.
- Perdão, fiquei preocupado, combinamos de  tocar lira juntos, esperei muito você e você não pareceu, Vocês está muito diferente da ultima vez que lhe vi. Que dia poderemos tocar novamente?
- Não acredito que isso será possível, partirei daqui em breve.
- Descobriu algo sobre o elo? Encontrou a princesa Branca?
- Tudo que posso lhe dizer por hora é que as coisas vão se resolver em pouco tempo, mas preciso de sua ajuda, soube que o corpo do rei está dentro de uma caixa de vidro, será que posso vê-lo?
- Pode, nosso pobre rei, deixarei que você o veja sim, mas antes devo levá-la até o duque de Apple ele solicitou que você fosse conduzida a sua presença assim que aparecesse.

Erato foi conduzida até o duque de Apple e teve a oportunidade de ser apresentada  a duquesa  que era realmente muito bela, e para Erato parecia ainda mais bela que a rainha ou a princesa e provavelmente merecia ganhar aquele concurso, isso deixou a musa muito confusa.
- Por onde andou bela musa? perguntou o Duque
- Estava na floresta procurando a princesa Branca e o elo perdido dos deuses.
- Encontrou alguma dessas coisas? Perguntou muito bonita a Duquesa.
- Vocês sabem que as portas do castelo devem ser todas abertas para que eu possa procurar o elo perdido, não é mesmo? no entanto contatei que muitas portas estavam fechadas, devo solicitar que elas sejam abertas para que eu continue procurando o elo perdido, ou terei de pedir uma intervenção divina, talvez Zeus, Apolo ou ... Marte, soube que ele anda com tempo disponível.
- Não será necessário- disse rapidamente o duque- todas as portas serão abertas imediatamente para que você continue a busca.
- Excelente, disse a musa, vou cuidar da busca, se me dão licença, soube que em breve terei de partir.
-Claro, Claro, fique a vontade!  disse o Duque puxando a duquesa pelo braço – tomarei as providencias para que todas as portas sejam abertas até o fim do dia.

Quando Erato saiu da reunião com o Duque encontrou com o chefe da guarda e foram ver o rei, a musa foi conduzida até uma sala muito iluminada, cheia de muitas flores, onde ao centro estava o rei, dentro de uma caixa de vidro suspensa por pés de ouro, estava completamente verde e realmente parecia morto, a musa , deu uma volta em torno da caixa de vidro e viu que ela era toda trabalhada em pequenos furos, perguntou para o chefe da guarda se ele por acaso poderia tirar a caixa de vidro para que ela pudesse ver melhor o rei, uma simples manobra de uma alavanca fez com que a caixa subisse e Erato pode constatar que o rei não esta morto, achou melhor não dizer nada para não alarmar o reino, afinal o rei estava visivelmente encantado e seria preciso descobrir quem tinha feito aquilo. Uma última olhada fez também com que Erato percebesse que as mão do rei pareciam mais velhas do que o resto do seu corpo.
Assim a musa passou para um breve interrogatório:
- Onde o rei foi encontrado?
- em seu quarto.
-Quem o encontrou?
- A rainha.
- Que horas isso aconteceu?
- Pouco antes do café da manhã, a rainha desceu para tomar café e depois de um tempo esperando o rei, supostamente decidiu subir para ir ver onde ele estava e o encontrou já neste estado.
- como as suspeitas recaíram sobre a rainha?
- Após o desaparecimento da princesa, a rainha foi investigada por ordem do conselho real e dentro de seu quarto foi encontrada a poção que deixou o rei neste estado, pois foi dada para um cão que apresentou os mesmo sintomas de envenenamento, e ficou da mesma cor que agora está o rei, este verde terrível.
- Onde está essa poção? Gostaria de ter um pouco dela para investigar melhor e encontrar um antídoto.

Assim foi feito e o chefe da guarda decidiu colaborar, disse que já estava mesmo na hora de as coisas voltarem ao normal por ali, que estava muito preocupado com o rumo das coisas, por que o duque era muito inexperiente e provavelmente tudo aquilo ia gerar problemas no reino, e que ele tinha medo de tudo ficar muito feio por ali.
Quando Erato conseguiu a poção ela á enviou por Hermes junto com uma carta para Eros. E foi para as outras salas procurar o elo perdido, era um enorme corredor com uma infinidade de portas.
Erato pegou sua lira e tocou durante um longo tempo na frente do corredor, antes de abrir as portas.
Na primeira porta Erato encontrou um pequeno duende azul que tinha muitas agulhas e costurava um enorme vestido.
- Olá, me chamo Erato e procuro o elo perdido, você o viu por ai?
- Elo perdido? O duende coçou a cabeça, não,  também já perdi muitas agulhas e consegui encontrá-las, se eu encontrar um elo prometo devolve-lo.
Em muitas portas Erato encontrou duendes costureiros, todos muito preocupados com suas agulhas, em outras encontrou anões que costuravam perucas , mas foram as velhas que faziam poções que mais lhe interessaram, em uma das salas perguntou para uma velhinha
-Ainda não tinha encontrado nenhuma anciã neste reino.
- somos poucas, as pessoas aqui preferem não envelhecer.
- Como é?
- Quase todos aqui tomam poções de juventude, mas elas só podem ser feitas com sangue de quem nunca tomou as tais poções por isso alguns de nós precisam envelhecer para que outros rejuvenesçam- disse a velha num tom de mágoa.
- Entendo disse Erato, como é então possível saber a idade de alguém?
- pelas mãos, não há um só remédio que faça com que as mãos rejuvenesçam, soube de umas tentativas, mas foram terrivelmente mal sucedidas, uns magos que estiveram aqui faz muito pouco tempo, trouxeram uma poção caríssima que diziam que rejuvenescia as mãos, mas foram imediatamente escorraçados, por que todos sabem que isso ainda não existe.
- Então ao concurso concorrem mesmo as pessoas que toma essas poções? Quem julga o concurso?
- o concurso é vencido por aclamação, o nome gritado mais forte pelo povo é o da vitoriosa.
- Mas soube que apenas mulheres podem concorrer.
-É verdade, mesmo que estejam tendo grandes confusões dentro do conselho para que o mais belo também seja premiado, o duque de Apple e seus aliados tem impedido que isso seja aprovado, o rei fez várias tentativas, mas foi impedido pelo conselho.
- Aquela informação deixou Erato muito inquieta. Ela ainda procurou nas outras portas, foi muito hostilizada, por que muitas mulheres estavam tomando suas poções tendo em vista que no  outro dia  já seria o dia do concurso. Quando já escurecia ela foi para o lado de fora do castelo esperar a chegada da Branca de Neve e seu bando. Queria logo acabar com aquela história toda pra poder ir encontrar Sapholyne
Na hora do concurso Eros apareceu, junto com Zeus e Ades.
 Erato ficou muito feliz de ver Zeus deixou-se rodopiar por um bom tempo, pediu ao pai pra resolver tudo ali, a princesa Branca apareceu com seu príncipe mudo e seus anões, causando um imenso tumulto entre o povo por que ela estava ainda vestida do mesmo jeito que ela estava antes, por que ela não tinha se  arrumado  estava muito feia para os padrões do reino.
Foi um choque geral, além disso estava com um príncipe que tinha orelhas enormes e que não falava.
Zeus mandou que trouxessem o rei adormecido e a rainha aprisionada, ouviu tudo que Erato tinha pra dizer, ouviu também o parecer de Ades de que rei não estava morto e  o de Eros de que a poção que tinha envenenado o rei era uma poção de beleza comum que tinha sido misturada com o sangue de alguém que já tinha tomado alguma poção de beleza, como Eros tivesse preparado o antídoto deu para o rei que recuperou seu antigo vigor e esclareceu que ele mesmo era o culpado, pois aceitou a poção de beleza para as mãos que alguns magos lhe haviam oferecido, apurados os fatos depois descobriu-se que eles foram enviados por um outro rei cuja a filha havia sido impedida de se inscrever no concurso.
Eros contou um segredo no ouvido da Princesa Branca e ela muito animada soprou milhões de palavras na boca de seu príncipe mudo,  ele começou a falar e ela ficou menos falastrona , mas planejou passar o resto da eternidade trocando palavras com seu príncipe. Os anões foram incorporados ao conselho e prometeram lutar por novos padrões e outros concursos além do concurso da mais bela, que por fim foi vencido por Erato que achou tudo  muito divertido.
Eros ainda tentou que Erato lhe aceitasse como companhia para procurar o Elo, mas Erato lhe disse que precisava de um tempo de princesas e castelos e que ela precisava aprender um pouco mais tocar lira para poder extrair mais verdades, pois achava que sua lira ainda não estava funcionando muito bem, disse pra Eros que seriam sempre amigos, mas que ele devia ir cumprir suas próprias tarefas que ela queria ir encontrar Sapholyne.
Zeus lhe permitiu ir e Ades disse que ela poderia ir ter suas aulas lá em seus domínios pois Perséfone tinha um presente pra ela e estariam á sua espera, ela disse que procuraria aquela que lhe ensinara sua melhor musica e seguiria para os domínios de Ades.
Zeus deu infinitas tarefas para Eros com o intuito de que ele não criasse novos problemas.
E assim Erato foi atrás de Saphollyne para lhe apresentar á Perséfone! 

ficou combinado que passaria algun tempo treinando antes de seguir para os outros dois reinos aonde ainda precisava procurar o elo. 

sábado, 30 de outubro de 2010

As princesas de Erato IV- IV



E assim Eros e Erato seguiram em direção a floresta, caminharam por um tempo, até que ao longe entre estranhas flores brancas viram o coelho branco, deram um único passo e o coelho desapareceu por uma clareira na floresta, Eros saiu voando na direção do coelho  e na subida uma de suas flechas caiu aos pés de Erato.
Ela ainda correu para onde tinha desaparecido o coelho mas parou, lembrou que tinha esquecido a cornucópia no castelo, tinha fome, seguiu caminhando com a flecha de Eros na mão, depois de muito caminhar pela clareia distraindo-se com a quantidade impressionante de lindas flores e imensas árvores sem frutos, viu um grande arbusto e no ponto mais alto deste uma única fruta muito vermelha, Erato tentou pega-la mas ela estava um pouco mais alto do que ela alcançava, assim auxiliada pela flecha de Eros, ela conseguiu espetar a fruta e come-la em apenas algumas mordidas.
Após comer a fruta Erato sentiu-se estranhamente forte, sentia seu corpo mudando teve medo, depois passou, tocou em si mesma e notou diferenças significativas, pensou que tinha desobedecido Zeus e que talvez aquela fruta tivesse lhe feito mal, ao pensar isso sentiu uma certa tontura e teria mesmo desmaiado se não tivesse visto o coelho branco escondido no meio dos arbustos de onde tinha vindo a fruta.
- Procuro a princesa Branca, o espelho me disse que devia segui-lo- disse ao coelho.
O coelho não respondeu nada apenas saiu correndo, seguido por Erato que correu muito e de repente viu-se despencando de um imenso despenhadeiro, a sensação de queda no entanto não a desesperava, era um tipo de alívio, sentia-se crescendo e ficando maior durante o despencar, antes de chegar ao chão foi socorrida por Eros, que ela notou também estava bem diferente, e muito parecido com o pai Marte, mesmo que rosto ainda lembrasse Afrodite.
Ele a deitou no chão e eles passaram  tempo olhando para seus próprios corpos, Eros encaixou se em Erato e ela deixou-se abraçar colocando o rosto do deus entre o pescoço e o ombro, passaram horas desvendando as transformações nos próprios corpos e no corpo do outro, flores estranhas caiam sobre eles e Eros as colocava sobre  Erato pagava-as de volta com a boca e jogava-as sobre os cabelos esparramados da musa, Erato sentou-se sobre o corpo de Eros para melhor se observarem, tocaram-se e buscaram diferentes formas de caberem-se um no outro. Como Eros falasse algo em tom muito baixo Erato encostou sua boca na dele para  ver se tinha o poder de fazer as palavras entrarem pela sua boca, já que estavam descobrindo poderes inimaginados, passaram muito tempo passando segredos entre bocas.
Eros dizia
- Me sinto quente, muito quente- disse Eros na boca de Erato, quando lhe procurei encontrei apenas uma fruta mordida, pensei que poderia estar envenenada eu mesmo provei dela para saber o que tinhas
-É a fruta que colhi com tua flecha.
- Posso sentir, estas quase me queimando, encosta teu rosto em meu pescoço, sente, meu sangue que ferve.
- Nunca experimentei essas quenturas disse Eros, nunca havia sido tocado por minhas próprias flechas.
- Isso é o amor Eros?
- Nesse momento sinto que não posso me afastar de você, tenho vontade de dormir e acordar buscando bons encaixes para nossos corpos, disse dentro da boca da musa.
- Não consigo ver em ti nada que não tuas belezas, queria seguir contigo todo rumo da tua eternidade que não me pertence
- Quero tornar-te eterna para estares sempre comigo
-Funde-me ao tu corpo, quero ficar em ti.
- deixe-me beber todas as tuas palavras.
-Não sinto perigos contigo, se te abraço não há despenhadeiros
-jamais te deixarei cair.
Assim de boca em boca eles diziam suas aflições e brincavam com flores,  jurando eternidades.
Estavam envolvidos nisso quando o coelho branco apareceu e disse no ouvido de Erato, deves vir comigo, deixe-o, lhe encontrarei quando estiveres só.
Erato estremeceu, apertou muito forte um Eros adormecido, e uma angustia tomou conta dela, olhou pra Eros e pensou no elo perdido, precisava encontra-lo, era o destino do mundo, era o seu destino, levantou-se tomou-a uma aflição, olhou pra Eros e o viu deformado, sentiu muito frio, tocou Eros e ele também estava gelado, acordou-o.
- Deixa-me dormir- disse o deus.
-Preciso partir- falou brusca Erato.
- Me aguarde depois iremos, deixa-me ter sonhos, só os posso ter adormecido
- Não virás comigo devo ir só.
- Sendo assim te espero enquanto sonho
- peço-lhe que parta, não quero mais vê-lo, você me causa muitos problemas, não desejo mais sua companhia.
- Erato deixa-me te ajudar, deixa que eu vá contigo, sou um deus posso lhe ajudar, estamos tanto tempo juntos, sabemos como somos, aceitamos nossos defeitos, deixa-me te acompanhar.
- Não insista, devo partir, tenho que cumprir meu destino, você não está nele, siga suas asas elas saberão pra onde lhe levar, vá experimentar suas flechas, temos que nos separar, precisamos saber quem somos agora, não nos caberemos mais.
Eros abraçou Erato e sentiu frio, a musa lhe escorregava, não cabia em seu abraço, ele sentiu e deixou-a ir, voou bem alto e sumiu no céu sem nem mais uma palavra.
Erato num imenso alívio saiu correndo para procurar o coelho, viu que ele a esperava em um caminho,  ele corria muito e Erato vez por outra o perdia de vista, numa dessas vezes parou e ouviu o soar perfeito de uma lira, os acordes mais harmoniosos que já tinha escutado, seguiu o som  ele lhe aquecia do frio deixado por Eros em sua partida.
Encontrou uma linda mulher sentada tocando.
-Olá! Disse a musa
- És muito bela disse a mulher
- Tua lira me trouxe até aqui.
-Gostas de Lira?
-Sei tocar?
-deixa-me ver tua lira
- posso tocar a tua?
E assim liras trocadas tiraram mil acordes, fizeram um som que inundou toda a floresta e já ia novamente Erato se esquecendo de procurar a princesa Branca quando perguntou pra linda mulher, como te chamas?
- Sapholyne e tu
- Erato, sou uma musa e procuro o elo perdido.
- Eu cá estou por que procuro belezas e me disseram que aqui vive a mais linda de todas as princesas, queria vê-la para fazer alguns bons versos para serem acompanhados por minha lira.
- Também a procuro.
- Já a encontrei, estou muito decepcionada.
- Por que?
- Não é tão  bela quanto eu esperava da mais bela das princesas, já vi outras mais bonitas.
- Deves ter encontrado outra princesa, ela é a mais bela de todo o reino cheio de belezas.
- já a viste?
- Não.
- Como eu disse, não é bela, sei onde está posso lhe indicar o caminho, mas antes deixa que eu faça um poema pra tua beleza, fica junto a minha lira, e assim Sapholyne sussurrou um poema pra Erato e esta lhe retribuiu

Se em mim não há a deidade
Mesmo assim de mim desfruta
Que aqui do teu lado sentada
Vacilante entre a montanha e a gruta
eu sinto a brisa molhada que por nós se precipita

Se sabes meu gosto o ocultes
E te perca em meus mistérios
Canta-me então os teus versos
Feitos pra minha pena

Parto agora em destino
E aqui te deixarei,
Mas te prometo que em breve,
Pelo mundo te encontrarei.

Trocaram poesias, informações, mapas e prometeram se encontrar assim que possível, ainda segurando a mão da musa  Sapholyne disse - Promete-me voltar?- minha lira precisa de ti!- disse-lhe ao ouvido- e a musa disse-lhe dentro da boca- e eu preciso de tua lira, engolidas as palavras, separaram-se e Erato já sabia exatamente onde estava a princesa Branca, só havia esquecido de perguntar por que ela não era bela ao ponto de inspirar um poema de tão boa tocadora de lira.

Caminhou ainda um bom pedaço quando viu o coelho parado em cima de um monte de folhas, correu na direção dele e quando o alcançou o monte de folhas cedeu sob os seus pés e ela caiu em um buraco.

Quando olhou ao redor estava sentada em cima de uma mesa rodeada por 6 pequenos homens e um casal, a mulher era muito branca tinha algumas manchas no rosto, usava roupas muito largas e um cabelo bem desarrumado, estava com a cara abaixada em um enorme prato de comida e mal olhou pra musa, mesmo que todos os outros estivessem olhando pra ela.
O rapaz que tinha o tamanho normal, tomava um vinho com a cabeça encostada no ombro da mulher, que levantando o rosto perguntou pra Erato:
- Então você é a musa que está me procurando?
- Princesa Branca? - Disse Erato quase num berro.
-Esperava que eu fosse mais bela suponho.
-Bem, você não se encaixa na descrição que me deram.
- Pois eu vou dizer uma coisa pra você musa, eu não sei de elo perdido nenhum, nunca fui em templo nenhum cultuar deus nenhum, não to afim de conversinha de concurso, faço o que eu quiser- parou, tomou o copo da mão do rapaz, bebeu, encheu o copo de novo, bebeu e assim fez até secar o jarro em cima da mesa.
-Continuando, não me encaixo naquele reino, não vou voltar pra lá, não agüento mais aquela conversinha de ‘olha tem uma espinha,oh, o que faremos, chamem os magos’, ‘Branca não coma isso’, ‘branca não tome sol’, ‘branca não chegue perto dos doces’, ‘branca você engordou’, ‘branca isso não são modos’, ‘branca você não está muito bonita hoje’, ‘viu a filha do duque não-sei-quem será mais bonita que branca’, ‘quem é mais bonita a rainha ou a princesa?’ ‘Olhe o vestidos de não-sei-quem são melhores que os seus!’ Cansei entendeu! Cansei! Vou comer só o que eu quero, vou me vestir como eu quiser, vou pra onde eu quiser. Pra que  eu quero ser uma princesa se eu não posso nada? Entendeu musa, sei que você não tem nada com isso, mas aqui a gente se entende.
Meu amigo aqui é mudo, eu falo, ele escuta, ele não me julga, nos damos bem, ele é meu príncipe, não tem castelo nem cavalo, mas eu gosto dele. Meus amigos aqui também sofreram muito, cada um tem sua história, histórias muito tristes, foram expulsos, perseguidos, cada um com seu problema a gente se entende, quero ficar aqui! E se você quiser pode ficar tomar um vinho e comer algo, se não quiser pode ir embora! Só não tente me tirar daqui.

Erato respirou fundo, encheu um copo de vinho, tomou, tocou em sua lira a musica que aprendeu com a linda mulher da floresta, conversou um pouco com os anões, ouviu suas histórias, tinha decidido esperar a Branca se acostumar com a presença dela.
Assim todos foram pra o lado de fora da casa, fizeram uma roda pra dançar ao som da lira de Erato, riram e quando Branca já parecia bem calma deitada no colo de seu príncipe mudo Erato chegou perto dela.

-Sabia que sua madrasta está presa?
- Presa? Por que? Ela não faz mal a uma mosca
- Pelo seu desaparecimento.
- Quem está governando?
- O duque de Apple.
A princesa branca se levantou furiosa.
- Não acredito! Eles são os piores, a duquesa todos os dias ia me ver apenas para me dizer os erros que eu cometia, todos os dias, falando de meus vestidos, de minha pele, ela sempre soube que não tem chances no concurso, agora prenda a Madra, isso é o fim, sabe por que vim parar aqui, por que um dia num chá com as damas, ela me perguntou se eu estava lavando meu cabelo com laranja, por que ele estava um bagaço! Chorei muito, estava fragilizada com os últimos acontecimentos, meu pai lá verde e estático em cima daquela pedra fria. Minha madra inconsolável e aquela duquesa ali falando de meu cabelo e todos rindo, fugi! E agora eles se aproveitaram das ciscunstâncias! Ai! Odeio esse reino!
- Calma Branca,você disse que seu pai está verde em cima de uma pedra, achei que seu pai tivesse morrido.
- Ele está morto, está verde, foi colocado em uma caixa de vidro e está num mausoléu do castelo. Até que se apure o que lhe aconteceu, muita gente fala que fi envenenado, meu pai era muito bonito, ele era o homem mais bonito do reino, usava muitas coisas, tomava a poção de muitos magos, para conservar-se belo, não sabemos bem o que aconteceu, mas agora que você falou percebo tudo, foram os duques de Apple. Precisamos resolver isso logo, você não acha Dum?
E o príncipe mudo balançava afirmativamente a cabeça de enormes orelhas e sorria consdescendente! A princesa o abraçou apertado e disse – o que vamos fazer musa? preciso resolver isso, não posso deixar que o duque ocupe o lugar de meu pai e mais do que isso, não posso deixar a duquesa ganhar o concurso da mais bela!

- O que você sugere? perguntou a musa.
- Preparem-se todos, partimos essa noite para o castelo! Quando for de manhã já estaremos lá serão pegos de surpresa bem na hora do concurso!
Erato sorriu! Enfim as coisas ia se esclarecer. e tocou a musica de Sapholyne em sua lira. 

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

As princesas de Erato IV- parte III


Hortência disse que ela poderia ir até o corredor que ela lhe indicaria e que chegado lá ela perguntasse pelo chefe da guarda pois desse corredor em diante não poderiam mais passar, Indicou-lhe o caminho e seguiram não foi difícil de achar, muitos guardas cuidavam da entrada do corredor
Erato e Eros iam reparando em todas as roupas bonitas e nos cabelos muito arrumados e nas belezas todas em volta, Eros estava visivelmente fascinado com aquele reino e andava louco para usar suas flechas mas estava evitando confusões tendo em vista que estava autorizado a acompanhar a musa na busca do elo. Quando chegaram no corredor indicado como Hortência havia dito foram imediatamente barrados:
Um guarda alto e muito elegante disse:
-Infelizmente apenas o chefe da guarda pode deixar vocês entrarem
- Estou procurando por ele disse Erato, sou uma musa e procuro o elo perdido e auxiliaremos na busca pela princesa.
- Terão de esperar por que o capitão foi conversar com o Duque de Aplle.
Não demorou muito o Capitão apareceu, ambos ficaram muito impressionados com ele, era o mais alto e o mais luxuosamente vestido, mais até que o próprio duque. Eros foi o primeiro a falar :
- Olá Capitão! Estamos procurando o Elo Perdido!
- E você quem é?
Eros olhou muito contrariado para Erato, se ela não tivesse dito que ele era um assistente agora teria todas suas glórias de rei, mas não, calou-se.
- É meu ajudante, e eu sou a musa Erato, enviada dos deuses
O capitão fez uma demorada reverência e disse - Esperávamos por sua vinda, sabemos que as musas são muito boas em procurar.
Erato preferiu não dizer que não era boa de encontrar.
- Gostaria de falar com a rainha e também de ter a chave para as portas que estão trancadas, pois preciso procurar o elo em todo o palácio.
- Ambas as coisas só podem ser autorizadas pelo Duque, estive responsável por isso até o presente momento mas acabo de ser informado que apenas o Duque pode dar a autorização para visitas á rainha e suponho que também para que vocês visitem as salas de embelezamento que estão trancadas.
- Salas de embelezamento?- perguntou Erato, enquanto Eros dava voltas em volta do capitão.
- Isso, são as salas onde as damas se preparam para o concurso anual.
- E por que estão trancadas?- disse Eros.
O capitão olhou-o e dirigiu-se para Erato
- a competição é muito acirrada e por aqui sempre são muito bem guardados os segredos de beleza de cada uma, que manda vir poções, magos, costuriras, é muito movimentado por aqui neste período por isso redobramos a segurança.
- E onde está o Duque perguntou Erato, preciso vê-lo não é?
- Ele acaba de sair para algumas ações diplomáticas, deve voltar em alguns dias.
- e até lá, não poderemos ver a rainha? Perguntou Erato já um pouco irritada com tantos impecilhos para busca do elo
- Lamento que sim . disse o capitão, e completou dizendo- Bonita lira, já toquei muito bem, faz um tempo que não toco.
- Se quiser podemos tocar juntos, disse Erato tirando um belo acorde do instrumento.
- Terei um tempo depois do por-do-sol, que tal tocaemos algo e tomarmos um vinho?
- Será ótimo, onde nos encontramos?
- Eu encontro você!
- Então vamos andando... disse Eros puxando Erato pela mão.
- Só mais uma coisa- disse o capitão segurando o braço da musa- livre-se desse seu ajudante...
Erato sorriu e balançou a cabeça positivamente.

Quando estavam sozinhos Eros bradou!
- Erato! Você me paga! Você me paga!  Você viu como fui tratado? Você sabe quantos templos eu tenho? Quantas homenagens me são rendidas? E agora ninguém me reconhece, ninguém sabe quem sou! Por que você inventou essa bobagem de eu ser seu ajudante!
- Eros, não me atrapalhe, me ajude, como faremos pra ver a Rainha? Acho que querem esconder alguma coisa da gente!
Certo venha, vamos por aqui, , saíram correndo, voaram pelas janelas e em alguns minutos, estava dentro do quarto da rainha.
Eros ficou estasiado diante da Rainha, era linda, tinha olhos imensamente azuis e lábios muito vermelhos, nem Afrodite era tão bonita, nem uma deusa, nem musa nenhuma, nem Helena.
- Não deixe ela enganar você, sou Eros.

- O que vocês fazem aqui? Vieram me salvar? Disse a rainha linda e simpática.
- Salvar você? – disse Erato- Não, nós viemos para que você nos diga onde está a princesa desaparecida.
- Oh, vocês também pensam que fui eu?
 E dizendo isso a rainha caiu num choro que deixou Eros muito comovido- Então não foi você?- perguntou Eros já segurando a mão da rainha, foi imediatamente puxado por Erato.
- não deixa ela te enganar ela já matou os dois reis e deu sumiço numa princesa, ela é perigosa.
- Ela é linda, Erato, me desculpe, ela é linda!
- Depois falamos sobre isso Eros, agora precisamos saber onde está a princesa.
- Erato não tenho condições de pressioná-la, ela é bonita demais.
-Deixa comigo!
-Então Rainha perdoe nosso coxixo, mas preciso saber onde está a princesa?
- Não sei, não sei nada disso, Branca é como uma filha pra mim, eu cuidei dela desde pequena, lhe ensinei a se vestir e se arrumar, cuidei dela, e de repente toda essa confusão, meu marido morreu, minha princesinha sumiu e eles me prenderam aqui! Não fiz nada! Nem ia participar do concurso esse ano, é a primeira vez que Branca poderia concorrer, não sei o que está acontecendo lá fora. Ninguém me conta nada.
- Você não sabe ? você não sabe de nada?- perguntou Erato meio atordoada.
- Não sei, me trancaram aqui, não sei.- disse e começou a chorar de novo
- Não chore rainha linda, disse Eros, conte-nos mais.
- Estava tudo bem, cheguei aqui neste reino depois da morte da rainha, vim para o concurso e ganhei, o rei acabou casando comigo, desde então fui muito hostilizada neste reino, as mulheres daqui nunca gostaram de mim e os homens também, sempre chateados comigo por conta das constantes tentativas de sedução, sempre amei muito meu rei, nunca fui de ceder á tentações, e isso sempre despertou a ira de muitas pessoas. Quem está no poder?
- O conde de Apple- disse Eros.
- Oh, estou perdida, jamais sairei daqui, disse a rainha.
- Por que? -Perguntou Eros
- O conde é totalmente manipulado pela condessa, e ela é a principal candidata depois de mim e da Princesa...
- Oh! assustou-se Erato, mas isso muda tudo!
- Vocês podem saber mais coisas se falarem com o mago do espelho que fica no porão.
-Mago do espelho?
-É um amigo meu que foi aprisionado em um espelho e sabe de muitas coisas, falem com ele lá no porão ele deve ter mais informações que farão vocês compreenderem o que se passa aqui, temo pela vida de Branca, a duquesa de Apple sempre quis o titulo de mais bela!
-Vamos, Vamos- disse Erato, Eros já ia voando quando a rainha perguntou- Você é realmente o deus Eros? 
- Sou sim mas não conte pra ninguém linda rainha!
Quando sairam Erato perguntou- E se ela contar?
Eros disse - A mentirosa é você!

Depois de muito andarem pelo castelo encontraram uma entrada para o porão, nesta entrada uma enorme escada conduzia para um corredor cheio de muitas portas , muitas delas trancadas, até que encontraram uma  sala cheia de espelhos.

cada espelho fazia com que Eros e Erato ficassem diferentes, em altura, largura e profundidade. 
Eros nao estava gostando nada do lugar e Erato estava se divertindo muito.
- Prefiro minha forma original!- disse Eros
-Estou me divertindo- disse Erato olhando para a um espelho de onde apareceu um estranho e belo rosto de rapaz, parecia um pouco com o próprio Eros, Erato viu que Eros estava bem longe e perguntou, você é o mago? amigo da rainha?
- Vocês estiveram com ela? pobrezinha está sem um espelho, deve estar terrivel!
- Está linda disse Eros.
- Ela nos contou uma versão diferente da que todos contam no castelo, o que você tem a dizer sobre isso?
-É verdade, a rainha e a princesa estão sendo vitimas de uma conspiração, provavelmente articulada pela duquesa, vi aqui em meus espelhos que Branca ainda está viva  e escondida na floresta, vão procura-la só ela pode salvar a rainha, sigam o coelho branco!
- O coelho, eu sabia!
- Vão logo, e digam pra Branca não ter medo de nada que eu poderei ajuda-la, ela não vai querer vir, mas voces devem convence-la ou traze-la forçada. vão.

e assim Eros e Erato seguiram para a floresta para encontrar a princesa Branca. 


quinta-feira, 21 de outubro de 2010

As princesas de Erato IV- parte II


Quando ia chegando perto do reino Erato se deu conta de que estava indo sozinha para um lugar muito perigoso, assim que pensou nisso um coelho apareceu e ficou olhando pra ela,  sorrindo  ela disse:  você não me engana mais, sei que é você !
O coelhinho continuou olhando pra ela e saiu correndo, ela saiu correndo também  gritando – Eros volte aqui, volte aqui, tropeçou em alguma coisa e caiu perdendo de vista o coelho, quando virou-se pra ver o que era que tinha lhe feito tropeçar viu uma tartaruga.
- Ai, por que será que Eros fugiu de mim - disse ela olhando pra tartaruga que mastigava uma folha bem verde – Agora vou ter que ir sozinha pra aquele reino super perigoso, a tartaruga continuava mastigando. A musa sentou numa pedra, pegou sua lira e cantou assim:

- Eu tenho medo de me envenenar
E preciso o escondido procurar
O que haverá acontecido por ai
As coisas somem e é difícil engolir
Se eu fosse eterna não precisava temer
Qualquer coisa que fosse me acontecer
Mas sou a musa da lira sem ninguém
Que poderá comigo ir pra mais além?
A tartaruga largou a folha e disse:
- Espero que você melhore, toca bem e canta muito mal!
- Erooooooooooooooooooooos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Ai, estava me sentindo tão sozinha aqui, ainda bem que você apareceu!
- Você disse que estava com medo? Não sabia que as musas tinham medo!
- Medo eu? Não tava com medo nada, sou uma musa o perigo é meu destino!
- Medo de me envenar... você disse!
- Ah! Foi... pois é... talvez eu realmente tema aquilo que não posso ver, mas tnho a cornucópia divina , nada vai me envenenar.
- E o medo?
-Eros você não sabe nada, você disse que o amor era uma febre e Zeus disse que não é só isso.
-E Zeus sabe o que é o amor?
- Ele é Zeus!
- E eu sou Eros, filho de Afrodite e Marte!
- Ai, e eu sou apenas uma musa que não sabe usar seu dom, e quer aprender o que é o amor, pra poder fazer o seu trabalho.
- Pensei que seu trabalho era procurar o elo perdido.
-  Eros, não sei se você deve ir comigo, pode ser perigoso e além do mais já fizemos muita confusão!
- É? Pois vou lhe dizer duas coisas, primeiro sou um deus e faço o que quero, segundo Apolo me pediu pra vir encontra-la.
Erato fez uma cara desconfiada e desabou numa gargalhada!
- O que foi ? perguntou Eros
- É que as coisas aqui já estão uma confusão, logo você não tem como atrapalhar mais, além do mais estão acontecendo uns envenenamentos, assassinatos, seqüestro, acho que Apolo pensou que seria bom mandá-lo pra cá.
Eros deu de ombros, era destemido – Sendo assim não preciso ficar como tartaruga, irei em forma humana.

- Quero que você me explique de novo o que é o amor- disse Erato.
- Por que você não deixa eu te dar uma flechada ai você descobre!
- Eros, acho que essas suas flechadas não são o amor verdadeiro
-Claro que é verdadeiro! Todo amor é uma intervenção de divindades, se tivéssemos ainda o elo que foi perdido, seria possível saber quem amaria quem, ou o quê por toda a eternidade, e assim todo amor sentido seria absolutamente previsível, ou seja verdadeiro, por que advindo das vontades divinais, sua boba!
- Quer dizer que todo amor é previsível?
- Era! Mas o elo perdeu-se, agora, bem, não sabemos direito o que pode acontecer, mas eu tenho minhas flechas, tem certeza que não quer experimentar?
- Sei não, estou fugindo de venenos, não sei se quero experimentar esse.
-Se mudar de idéia, pode falar.
-Você sabe o que está acontecendo nesse reino? Todas as confusões?
- sei sim , cheguei aqui antes de você, e dei uns passeios pelo castelo.
- como tartaruga? Riu a musa.
- Não, como um lindo ratinho branco.
- você era o coelho?
-Coelho?
- Deixa pra lá, olha ali os muros do castelo, conte-me logo o que é que você sabe.
- O rei morreu envenenado e as suspeitas recaíram definitivamente  sobre a rainha, tendo em vista que a antiga rainha também morreu quando logo depois da atual ser admitida no castelo como ama da princesa desaparecida. Sempre houveram suspeitas sobre ela mas foi somente apenas após o desaparecimento da princesa que realmente ela foi aprisionada em seu próprio quarto após uma decisão dos conselheiros reais, que aliás estão reunidos agora para decidir quem deve assumir o trono, por que a princesa sumiu e a rainha está sob interdição.
- Então foi ela mesmo?
- Tudo indica – disse Eros.
E assim os dois chegaram a entrada do palácio e foram recebidos por uma pequena senhora muito gentil, mas com um semblante muito triste, que pediu desculpas por que todos os nobres estavam reunidos para decidir o governo provisório, mas que poderia conduzi-los até seus aposentos e que eles estavam liberados para procurar o elo perdido em nosso reino onde vocês são muito esperados.
- Como se chama a senhora? perguntou a musa
- Me chamo Hortência, sou a babá de Branca, a princesa desaparecida, aqui alimentamos a esperança de que em sua busca pelo elo, você possa encontrar ainda com vida nossa princesa, disse deixando cair algumas lágrimas.
- Pode deixar, que vamos procurá-la , disse a musa sensibilizada.
- Vou levá-los até os quartos de vocês e pedirei que sirvam algo para que vocês comam.
- Não se preocupem com isso, não comemos- disse Erato- coisas divinas, sabe como é?
A senhora pareceu não entender bem, mas os deixou se alojarem, e como eles tivessem dito que esperavam ser recebidos pelos nobres, ela os levou até a ante-sala onde a decisão estava sendo tomada, Eros sugeriu pra Erato transformar-se num ratinho para ir lá ouvir o que eles estavam falando, mas ela não achou que aquilo fosse muito correto.
- Então você acha correto envenenarem reis e darem sumiço em princesas?
- Eros não sabemos ainda o que aconteceu?
Estavam no meio desse diálogo, quando a porta se abriu e de lá saíram alguns nobres, todos muito bonitos e arrumados, com a cara de poucos amigos, podia-se ouvir a frase
- Péssima escolha!
- Isso não vai dar certo.
- Isso não vai ficar assim.

Eros e Erato entreolhavam-se quando foram interrompidos por um homem muito bonito que vinha entre cumprimentos de outros nobres para falar com eles.
- Olá sou o duque de Apple e acabo de ser nomeado para o trono, creio que vocês são os enviados divinos para buscar o elo perdido em nosso reino.
- Sou a musa Erato e esse é meu ajudante- Eros olhou-a muito irritado , mas não disse nada, limitando-se a sorrir e cumprimentar o nobre.
- Sejam bem-vindos ao nosso reino como vocês sabem estão havendo muitos problemas por aqui e a vinda de vocês nos traz uma grande esperança de que alguma coisa possa ser feita para solucionar os mistérios, e podermos encontrar nossa princesa perdida.
- Duque podemos sim ajuda-los, peço-lhe que me conte em que cisrcusntâncias a princesa desapareceu.
- Foi tudo muito rápido, uma semana após a morte do rei a princesa desapareceu misteriosamente, em uma manhã não foi encontrada pela babá, já revistamos toda a floresta e todo o castelo e nada da Branca, o que é uma pena pois o concurso anula de belezas se aproxima e perdemos duas das candidatas mais fortes, a princesa e a Rainha, que estando sob interdição também não participará do concurso.
- Esse concurso é apenas para mulheres, perguntou Eros.
- Sim, respondeu o Duque, num gesto brusco, bem foi isso que aconteceu, estejam a vontade preciso encontrar com minha esposa para organizarmos as coisas do concurso, infelizmente ele é nossa mais antiga tradição e não poderemos deixar de faze-lo mesmo diante das terríveis circunstâncias. – e dizendo isso saiu.
- Por que você não disse quem eu era? Seu ajudante? Eu sou Eros , eu sou um deus!!!! E você sua musinha distraída que não consegue nem achar um ela perdido, que nem sabe o que é o amor sai dizendo que sou seu ajudante? Estou quase te dando uma flechada!
- Eros, pense comigo... esse reino  cheio de vaidades, se descobrirem que o deus Eros está aqui, não nos deixarão em paz.
- É. Nisso você tem razão.
-Então. Além do mais... você é meu ajudante nessa missão, por que a missão é minha, aliás Eros nunca perguntei, por que você tem tanto interesse em me ajudar?
- Ora, bem... estou sem fazer nada... adoro princesas e nobres e aventuras, decidi vir com você... só isso...
- Sei. Então tá, não vamos revelar sua verdadeira identidade.
- Minha ótima identidade escondida... não gostei da idéia, mas tudo bem, menos confusões...
- Isso, agora eu queria ir ver a madrasta suspeita, pra ver se ela conta onde está a Princesa Branca.
Vamos procurar Hortência, disse Eros, saíram pelo castelo e enquanto procuravam Hortência Erato tocava lira e procurava o elo perdido, encontrou muitas salas trancadas e precisaria pedir ao duque que por favor lhe abrisse todas aquelas portas por que seria muito difícil achar o elo perdido com tantas portas trancadas. Quando encontraram com Hortência essa lhes disse que era o chefe da guarda que tinha a posse da chave do quarto da rainha e era o único que autorizava visitas e que todas as visitas só eram necessariamente realizadas na sua presença.
Erato agradeceu e disse que iria procurar o Chefe da guarda e pediu que Hortência lhe indicasse o caminho para o quarto da Madrasta de Branca.